“Porque não faço o bem que
prefiro, mas o mal que não quero, esse faço”. (Romanos 7:19).
O apóstolo Paulo se refere aqui a uma tremenda batalha entre a natureza
carnal e a natureza espiritual. Essas duas forças antagônicas são também chamadas
de “vontade da carne” e “vontade de Deus”. (Ef. 2:3.) Nessa guerra espiritual,
muitos são derrotados.
Um certo irmão, já falecido, contou que, ao ordenhar uma vaca, numa
calma manhã de domingo, o animal se espantou e derrubou o balde de leite.
Furioso, aquele irmão afastou-se alguns metros e se arremeteu contra a vaca,
dando-lhe forte chute na barriga. O animal sentiu o efeito da ira humana.
Minutos depois, o irmão acalmou-se um pouco, mas estava arrasado
emocionalmente. Foi, então, para trás de uma moita, refletiu no que havia
feito, e ajoelhou-se. “Meu Deus, por que não consigo dominar essa natureza má
que existe em mim?” Em prantos, rogou ao Senhor que lhe perdoasse aquele
pecado, e, em seguida, foi acariciar o animal. “Olá, Mimosa, eu...”
Ira, inveja, cobiça, egoísmo, lascívia, malícia, desejos carnais,
orgulho, etc. – são facetas da vontade da carne. Todos nós nascemos inclinados
ao mal. Davi afirmou: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha
mãe.” Sl. 51:5. Quando aceitamos a Cristo, a vontade da carne continua em nós,
mas suplantada pelo poder do Espírito Santo. Paulo afirma: “Vós, porém, não
estais na carne, mas no Espírito.” Rm. 8:9. Ao aprofundarmos nossa permanência
em Cristo, os caprichos do velho homem ficam lá no porão, quietinhos. “Assim,
se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis
que tudo se fizeram novas.” II Cor. 5:17.
A obra da santificação é uma constante guerra contra a natureza
pecaminosa. É a obra de Cristo em nós. A diferença entre o crente e o
não-crente é marcante: um é guiado pelo Espírito; o outro, pela vontade da
carne. Quem é guiado pelo Espírito, não dá coice: nem com os pés, nem com
palavras, nem com atitudes.
Peçamos a Deus que ele faça-nos novas criaturas a cada dia, para o louvor
da sua glória.
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