Pois ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer-se, mas os ímpios são arrastados pela calamidade. Provérbios 24:16
Em 1938, a maioria dos
noticiários norte-americanos não trazia reportagens sobre o presidente Franklin
Delano Roosevelt. Tampouco se referiam ao chanceler alemão Adolf Hitler, já
empenhado em suas conquistas para construir o império nazista. E certamente não
mencionavam Winston Churchill, que ainda permanecia no anonimato político.
Na verdade, foi
um cavalo chamado Seabiscuit que dominou os noticiários em 1938.
A América do
Norte ainda estava imersa na Grande Depressão. Embora algumas soluções tivessem
aliviado um pouco a situação, milhares de pessoas continuavam sem emprego
(apenas o início da Segunda Guerra Mundial levaria o país a se reerguer
plenamente). Naquela ocasião, a nuvem densa da terrível condição da nação foi
dispersa por um campeão extraordinário, um herói improvável.
Seabiscuit era
filho de um excelente garanhão, mas sua estrutura era pequena demais. Por ter
um trote desajeitado, foi rapidamente descartado. Passou três anos apanhando,
sendo maltratado e trabalhando em excesso. Tornou-se agressivo, hostil,
indomável e perigoso.
Esse foi o
cavalo que, contra todas as expectativas, se tornou o campeão em 1938. Venceu
corrida após corrida, estabeleceu novos recordes, e, numa competição
emocionante em 1º de novembro, correu lado a lado com um campeão renomado e o
venceu.
Aproximadamente
40 milhões de americanos, um terço da população, se aglomeraram ao redor de
rádios para acompanhar a corrida. O presidente foi um deles.
A história de
Seabiscuit repercutiu numa nação prostrada pela Depressão, numa nação que
ansiava uma segunda chance.
A história não
para aqui. O jóquei de Seabiscuit era considerado um “perdedor” também. Era
grande demais para montar. O treinador de Seabiscuit era idoso e sem muito
tato. O proprietário do animal era um vendedor de automóveis cuja vida havia
sido profundamente abalada pela morte do único filho.
Essa é a
história de um cavalo pequeno demais, de um jóquei grande demais, de um
treinador velho demais e de um proprietário que não sabia o que estava fazendo,
mas que venceram.
Isso, meus
amigos, é o que Deus quer fazer por nós. Isso é graça.
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